O grande objetivo do
6º Nordestão será o de nos prepararmos para o 13º Intereclesial que será
realizado nos dias 07 a 14 de janeiro de 2014, no Crato – Ceará. Motivados pelo
tema central do Evento, discutindo questões que exigem de nós uma postura profética,
justa e baseada nas lições do Mestre Jesus. Durante o 6º Nordestão muitos
profetas da atualidade serão homenageados (Dom Paulo Lopes, Pe. Cícero, Pe.
Comblin, Pe. José Koopmans, Zilda Arns, Antônio Conselheiro, Galdino Pataxó,
Beata Maria Araújo) . Também muitos outros poderiam ser lembrados, tais como:
Dom Helder Câmara, Pe. Ibiapina, Pe. Josimo, Dom Cappio, Dom Erwin Klauter, e
muitos outros anônimos que lutaram e outros que continuam lutando contra o
perverso modelo de desenvolvimento, excludente, explorador – o mesmo que se
estabeleceu neste país desde a invasão dos portugueses, sistema que privilegia
poucos e coloca milhões na miséria. No caso dos estados do Nordeste são cerca
de 10 milhões de nordestino que vivem em estado de extrema pobreza, dados do
próprio governo.
Romeiros e Romeiras do
campo e da cidade somos impulsionados a ouvir o clamor por justiça e dignidade
deste povo sofrido. E é justamente ao ouvirmos este clamor e nos colocarmos ao
lado dos escolhidos por Deus que sofremos perseguições por causa de seu Nome e
da sua Causa. Muitas situações de injustiças praticadas no Nordeste nos remetem
a perceber que aqueles que procuram viver segundo a justiça do Senhor não são
bem vistos pelo mundo: e aí percebemos a riqueza do lema do 6º Nordestão
“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos
céus” (Mateus 5:10).
“A busca cristã da
justiça é uma exigência do ensinamento bíblico. Todos os homens são tão apenas
humildes administradores dos bens. Na busca da salvação devemos evitar o
dualismo que separa as tarefas temporais da santificação. Apesar de estarmos
rodeados de imperfeições, somos homens de esperança. Cremos que o amor de
Cristo e a nossos irmãos será não somente a grande força libertadora da injustiça
e opressão, mas também e principalmente a inspiradora da justiça social,
entendida como concepção de vida e impulso para o desenvolvimento integral de
nossos povos” (Doc. De Medellin).
Queria terminar a
nossa reflexão com um pequeno trecho do artigo do José Pagola: “Jesus não
conheceu uma vida fácil e tranquila”: "O Espírito levou Jesus para o
deserto". Não o conduz a uma vida cômoda. Leva-o por caminhos de
prova, riscos e tentações. Procurar o reino de Deus e a Sua justiça, anunciar
Deus sem o falsear, trabalhar por um mundo mais humano é sempre arriscado. Foi
para Jesus e será para os Seus seguidores.
Haroldo Heleno - Assessor Diocesano das
CEBs
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